Foto: Reprodução / Miséria
O Plenário da Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte foi invadido por professores da rede municipal na tarde de ontem. Os manifestantes lutam para impedir a votação do Projeto de Lei do executivo municipal que pretende modificar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do magistério.
Mesmo diante dos gritos de apelo de "não coloca", por parte dos manifestantes, o presidente José de Amélia Júnior (PSL) colocou em votação o pedido do líder do prefeito, Adauto Araújo (PSC). O pedido era de substituição do membro Darlan Lobo (PSDC), ausente na sessão, da Comissão de Constituição e justiça. Com a aprovação que certamente aconteceria, o Parecer contaria com duas assinaturas já que a vereadora Mira Sampaio (PP), relatora da Comissão se manifestou favorável, e poderia então ser colocado em votação.
Ao som de "mensaleiros" e "golpistas", votaram favoráveis ao pedido do líder, os vereadores, Domingos Borges, Ronas Motos, Firmino Calu, Adauto Araújo e Nivaldo Cabral. No momento em que votaria a vereadora Mara Torres, o Plenário foi invadido e totalmente ocupado pelos manifestantes, que ali permaneceram apitando e gritando palavras de ordem, como "o povo unido, jamais será vencido", "a justiça não se engana, cadeia pra Santana", "Abaixo a ditadura, Santana no olho da rua".
Com a invasão, a sessão foi interrompida e o reforço policial foi chamado pelo presidente José de Amélia Júnior para esvaziar o plenário e dar continuidade aos trabalhos.
Após a pacífica chegada da policia iniciou-se então uma negociação entre o presidente da Casa, o sindicato e o comando da policia que garantiu que a sessão seria encerrada em comum acordo sem a votação do Projeto, desde que o Plenário fosse esvaziado. Os professores aceitaram as condições, se retiraram e a sessão foi suspensa.
Porém o líder do prefeito já garantiu que o Projeto voltará para votação na próxima sessão e o Presidente já avisou que novamente pedirá reforço policial e que a votação de todo e qualquer Projeto que der entrada na Casa, será posto em votação. Cabe aos vereadores aprovarem ou não.
Os vereadores Gledson Bezerra, Roberto Sampaio, Professor Antônio, Mara Torres e Tarso Magno continuam na defesa da categoria e são contrários a aprovação das mudanças no PCCR.
Os professores, em greve há quase um mês, acampam em frente ao prédio da Câmara e organizam uma grande passeata para a próxima semana na tentativa de sensibilizar o prefeito Manoel Santana (PT) a devolver os salários retirados e desistir de esvaziar o PCCR. Reportagem do Site Miséria.
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