O fenômeno climático la niña deve provocar a chuva tão esperada por quem  está sofrendo com a seca no Sertão e Agreste do Estado. De acordo com  previsão trimestral do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco  (Lamepe), a partir do fim da primeira quinzena de novembro, ocorrerão as  primeiras trovoadas no Sertão, com foco nas áreas do Araripe e do São  Francisco. Apesar de as chuvas normalmente começaram no início de  outubro, segundo o estudo, o período pré-chuvoso, que dura até o fim de  dezembro, terá índices pluviométricos dentro da média histórica para o  trimestre.
 
 A previsão foi apresentada, na manhã de ontem, na Secretaria Estadual de  Agricultura e Reforma Agrária (Sara). A coordenadora do Lamepe, Francis  Lacerda, explicou ao secretário Ranilson Ramos como vão se comportar as  chuvas na região. “Serão precipitações episódicas e intercaladas.  Haverá, por exemplo, um dia com chuva concentrada em uma cidade seguido  de mais um período de seca. E assim por diante, até o início do período  chuvoso, em janeiro”, relatou Francis Lacerda.
 
 O secretário de Agricultura recebeu com otimismo o estudo. “Ficamos mais  animados e tranquilos com a previsão de chuva, principalmente no Sertão  do Araripe e na área do município de Salgueiro, que estão em situação  bastante crítica”, afirmou Ramos. “Com chuva, poderemos reduzir o custo  com carros-pipa”, completou. Segundo o secretário, o governo do Estado  gasta em torno de R$ 1,2 milhão por mês para utilizar os veículos  carregados de água.
 
 Os representantes do Lamepe e da secretaria agendaram outro encontro  para o próximo mês, quando espera-se ter informações mais detalhadas  sobre a previsão pluviométrica para os próximos 90 dias. “Dependemos de  alguns dados meteorológicos para aplicar recursos da forma mais  adequada”, declarou Ramos.
 
 Está em fase final a captação de verbas do governo federal para auxiliar  Pernambuco no combate à seca, que atinge 133 municípios. Na última  semana, o governador Eduardo Campos pediu ao Ministério da Integração  Nacional a liberação de cerca de R$ 33 milhões. De acordo com Ranilson  Ramos, a análise do projeto está na fase final. “Eles devem repassar R$  10 milhões para infraestrutura hídrica do meio rural”, disse. Há planos  para construção de 50 sistemas de abastecimento de água, que  beneficiariam até 2.500 famílias, além de restauração e instalação de  600 poços.
 
 Falta apenas a assinatura do convênio para oficializar a parceria entre o  Lamepe, Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e a Escola  Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli). A cooperação tem como  objetivo avaliar os impactos das mudanças climáticas nos recursos  hídricos e os eventos extremos de chuvas no Estado. A Poli vai analisar  informações geradas pelo Lamepe e Itep. Jornal do Comércio.
23 de outubro de 2010
    Published outubro 23, 2010 by Elson Jackson with 1 comment
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É isso aí. Todas as decisões tomadas em favor do povo, são sempre bem vindas... E viva o Nordeste do Brasil...
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